FUNDOS DE AÇÕES ATRAEM INVESTIDOR. SAIBA COMO ESCOLHER O SEU

POR CAROLINA UNZELTE PUBLICADO EM 05/06/2020

Parece que os tombos da bolsa em março não machucaram o investidor: os fundos de ações tiveram captação líquida positiva pelo segundo mês seguido, com crescimento de 10,54% em maio, segundo estudo da Economatica. 

Os juros em patamares historicamente baixos, com a Selic a 3% ao ano, ajudam a empurrar mais gente para a renda variável, mas não é o único fator, aponta Fabiana Costa, diretora de relações com investidores do fundo Atlas One FIC FIA. “Os preços baixos de empresas de qualidade também atraíram”, explica. “Além do processo crescente de educação financeira sobre renda variável”. 

Mas por que os fundos foram os queridinhos? Ao contar com um gestor, quem entrou agora no mundo dos investimentos pode contar com mais expertise e menos emoção, aponta Diogo Figueiredo, sócio da Amazônia Capital. “Além de contar com uma análise especializada, há a comodidade de não ter que acompanhar o tempo todo a carteira”, diz. 

A tributação também pode ser uma vantagem trazida pelos fundos de ações. “O pagamento do imposto, de 15%, é só quando na hora do resgate”, lembra Fabiana. No caso de investimento diretamente em ações, o pagamento acontece mensalmente.

Além disso, a especialista aponta a diversidade de fundos que antes eram limitados a investidores qualificados e que hoje possuem tickets mínimo baixos. Na hora de escolher qual deles é o melhor para você, a especialista dá a dica: preste atenção na participação dos sócios no fundo. “Isso mostra alinhamento entre gestão e investimento”, diz. 

É muito comum se basear na rentabilidade histórica apresentada, mas esse não deve ser o único fator para determinar para qual fundo vai seu dinheiro. Além de ter certeza que o risco apresentado por ele corresponde ao seu perfil investidor, a seleção de um gestor confiável é essencial.

“Mais do que acompanhar o profissional em entrevistas e relatórios, é importante observar a postura dele em momentos de crise”, aponta Diogo. O sócio da Amazônia Capital também lembra que os fundos de ações cobram taxa de administração e perfomance, além de terem menor liquidez.

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